Celso José da Costa é o vencedor do Prémio LeYa 2022, com a obra “A Arte de Driblar Destinos”. O anúncio ocorreu a partir da sede do grupo LeYa, em Alfragide, no concelho da Amadora.
Nascido em 1949, Celso José da Costa, de 73 anos, é natural do Estado do Paraná, no Brasil, tendo construído carreira na matemática, particularmente por ter descoberto a Superfície Costa. Atualmente professor titular da Universidade Federal Fluminense, tem um doutoramento tirado no Instituto Nacional e Matemática Pura e Aplicada no Rio de Janeiro. Esta foi a sua obra literária de estreia.
De acordo com o júri — que atribuiu o prémio por unanimidade —, destaca-se neste romance “uma saga familiar que reflete muito bem, com ritmo e vivacidade, o mundo social do interior do Brasil” e o “forte pendor autobiográfico” da obra.
Para esta edição do Prémio LeYa foram submetidos para avaliação 218 originais, oriundos de Portugal, Alemanha, Brasil, Espanha, Holanda, Inglaterra, Japão, Moçambique e Polónia. A edição de 2022 teve como júri a escritora e poeta angolana Ana Paula Tavares, a jornalista, escritora e crítica literária portuguesa Isabel Lucas, e o editor, jornalista e tradutor brasileiro Paulo Werneck, o professor de Letras, fundador e antigo reitor da Universidade Politécnica de Maputo Lourenço do Rosário, o professor de Literatura Portuguesa na Universidade de Coimbra José Carlos Seabra Pereira e o poeta e escritor Nuno Júdice, além de Manuel Alegre, já mencionado.
Com o valor de 50 mil euros, o Prémio LeYa é o maior prémio literário para romances inéditos em língua portuguesa, podendo concorrer autores sob pseudónimo. No ano passado, o vencedor foi José Carlos de Barros, com a obra “As Pessoas Invisíveis”. Gabriela Ruivo Trindade foi a única mulher até agora distinguida, com o romance “Uma Outra Voz”, em 2013.