A editora Antígona vai “continuar a deitar a língua de fora ao mundo”, lançando este ano novos livros de Angela Davis, Maya Angelou e Stanislaw Lem, a continuação da autobiografia de Muhammad Chukri e um inédito de Richard Wright.
Numa apresentação conjunta com a Orfeu Negro, a Antígona Editores Refratários, anunciou 13 das 24 novidades editoriais a serem publicadas em 2023, a começar com o romance “A promessa”, de Silvina Ocampo, e “O inquilino quimérico”, de Roland Topor, já editados este mês.
Além dos autores já citados, 2023 é o ano em que Portugal verá editados “Acreditar nas feras”, ensaio antropológico de Nastassja Martin; “Terra queimada”, do critico de arte e professor de teoria de arte Jonathan Crary; “Marcas de Batom. Uma história secreta do século XX”, da autoria do crítico musical Greil Marcus, uma viagem à descoberta da origem da força, do poder e do niilismo dos Sex Pistols; o romance de estreia da escritora espanhola Layla Martinez, “Caruncho”, um livro que aborda os espetros e as questões de classe, a violência e a solidão; “Autodefesa. Uma filosofia da violência”, de Elsa Dorlin, um ensaio político da autodefesa e a sua genealogia; uma coletânea de poemas de Lawrence Ferlinghetti, intitulada “Uma manta de retalhos da mente”, e “A pequena comunista que nunca sorria”, de Lola Lafon.
Já a Orfeu Negro, que se tem destacado pela publicação de obras fundamentais dos estudos de estudo do género, feminismo, racismo, queer e pós-colonialismo, lançou em janeiro “Um feminismo decolonial”, de Françoise Vergès, e prepara-se para editar em março “Welcome to paradise”, do ilustrador, performer visual e cartoonista António Jorge Gonçalves, que aqui partilha as páginas dos seus diários gráficos, com desenhos de turistas em Lisboa.
Já em março, a editora lança também um livro de Angela Davis intitulado “Mulheres, raça e classe”, uma obra seminal e revolucionária, uma reflexão obrigatória dos estudos feministas, que faz convergir as lutas feministas com as lutas antirracistas, segundo a editora.
Seguem-se “Corpos que contam”, de Judith Butler; “Tudo do amor”, de Bell Hooks; “Vera Mantero”, um livro dedicado à bailarina e coreógrafa assinado por vários autores; “Puta feminista”, de Georgina Orellano, trabalhadora sexual, mãe, ativista e secretária geral do Sindicato de Trabalhadorxs Sexuais da Argentina.; “Sister outsider”, ensaios e discursos sobre sexismo, racismo, homofobia, invisibilidade e sobretudo resistência de Audre Lorde; e, em novembro, “Espelho mágico. Uma viagem pela história do cinema”, proposta do crítico de cinema, programador e realizador Francisco Valente.