“Mãos no Fogo” é uma obra inesperada mas um disco esperado: tanto o Fred como a Regina têm estado presentes em muita da música que vem sido feita nas margens e em plena corrente; a Regina esteve também ao meu lado, à frente e atrás nas salas onde eu aprendi e me diverti, contribuindo para que a turma não se aborrecesse. Sempre escreveu como ninguém e como nunca. O Fred já tocou e criou música e som a partir de mais primevo dos instrumentos, a percussão e cedo se tornou um dos mais requisitados requintes da modernidade sonora.
Então chega a música, as napes virtuais e concretas em que a palavra não é falada, parece mas não, é encantada e necessariamente neste disco pelo qual, juro e fique ceguinho já aqui e agora, ponho as orelhas no forno. E o que ela diz e o Fred faz também, não cansa, são muitas Elas e Ele, falam de todo o Mundo e de toda a filosofia que a música contém.
Serei breve porque sabe bem: a Regina sempre inventou os melhores títulos para as músicas, o Fred é o mais imperativo beat que conheço, o mais assente e também ousado porque dilui, sem lágrimas nem lástimas, estas Mãos de Fogo no ponto G…
Braves!
Rui Reininho, Leça da Palmeira, 2023
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Miguel Berger
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